Ementa
A experiência visa a criação de uma composição musical na forma canção a partir da vivência de três elementos musicais: a Letra, a Melodia e o Arranjo. Como resultado final será feito um registro (gravação) dessas músicas criadas pelos/as estudantes em dispositivos móveis.
Conteúdo online
da experiência
Objetivos
Criar uma composição musical no formato canção e fazer registro em áudio ou vídeos, reconhecer etapas da criação através de estudo de elementos musicais: letra, melodia e arranjo.
Professora: Manuela Rodrigues
3 aulas
Identificação / Dimensões do Conhecimento
Linguagens
Componente:
Arte / Música
Eixo 3: Processos de criação e fruição
Dimensões do conhecimento: criação, crítica e fruição.
Habilidades de Arte:
Explorar elementos da música/canção como letra, melodia, harmonia e arranjo com o objetivo de criar uma composição musical e finalizá-la através de uma registro de áudio ou vídeo. Criar improvisações e jogos de expressões coletivas visando favorecer o processo criativo em sala.
Explorar e criar improvisações, composições, arranjos, jingles, trilhas sonoras, entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou instrumentos acústicos ou eletrônicos, convencionais ou não convencionais, expressando ideias musicais de maneira individual, coletiva e colaborativa.
Componente:
Língua Portuguesa
Habilidades de Língua Portuguesa:
Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa (como quadras e sonetos), utilizando recursos visuais, semânticos e sonoros, tais como cadências, ritmos e rimas, e poemas visuais e vídeo-poemas, explorando as relações entre imagem e texto verbal, a distribuição da mancha gráfica (poema visual) e outros recursos visuais e sonoros.
Planejar resenhas, vlogs, vídeos e podcasts variados, e textos e vídeos de apresentação e apreciação próprios das culturas juvenis (algumas possibilidades: fanzines, fanclipes, e-zines, gameplay, detonado etc.), dentre outros, tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha de uma produção ou evento cultural para analisar – livro, filme, série, game, canção, videoclipe, fanclipe, show, saraus, slams etc. – da busca de informação sobre a produção ou evento escolhido, da síntese de informações sobre a obra/evento e do elenco/seleção de aspectos, elementos ou recursos que possam ser destacados positiva ou negativamente ou da roteirização do passo a passo do game para posterior gravação dos vídeos.
Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras manifestações artísticas (como cinema, teatro, música, artes visuais e midiáticas), referências explícitas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas, personagens e recursos literários e semióticos.
Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em práticas não institucionalizadas de participação social, sobretudo àquelas vinculadas a manifestações artísticas, produções culturais, intervenções urbanas e práticas próprias das culturas juvenis que pretendam denunciar, expor uma problemática ou “convocar” para uma reflexão/ação, relacionando esse texto/produção com seu contexto de produção e relacionando as partes e semioses presentes para a construção de sentidos.
Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/ manifestações artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, de apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais de booktubers, redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, escrevendo comentários e resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando formas de expressão das culturas juvenis, tais como, vlogs e podcasts culturais (literatura, cinema, teatro, música), playlists comentadas, fanfics, fanzines, e-zines, fanvídeos, fanclipes, posts em fanpages, trailer honesto, vídeo-minuto, dentre outras possibilidades de práticas de apreciação e de manifestação da cultura de fãs.
Reconhecer as variedades da língua falada, o conceito de norma-padrão e o de preconceito linguístico.
Sequência Didática
Momento 1:
Em roda, iniciar com uma conversa sobre processo criativo, estimulando os/as estudantes a falarem sobre: o que entendem de composição, criação em música? Que elementos musicais estão contidos numa canção? Aproveitar a ocasião para perguntar: quem da turma gosta de escrever letras? Quem costuma inventar melodias? Quem já fez uma música? Verificar quem toca instrumentos e convidá-los/las a trazer para as aulas seguintes. E, se possível, disponibilizar em sala de aula, violão e teclado para experimentação e uso dos/as estudantes.
Distribuir folhas de papel individualmente para que os/as estudantes possam preencher com palavras soltas, temáticas, assuntos de interesse, frases, rimas. Se possível, juntar as frases e criar estrofes e refrão.
Dividir a turma em grupos e, a partir dos rascunhos de palavras soltas e ideias musicais, pedir que elaborem uma letra única para a música que irão compor juntos/as.
Permitir que os/as estudantes utilizem bastante tempo para essa criação. Se necessário, pode dar continuidade em outro encontro.
Momento 2:
Já tendo finalizado a etapa de criação da letra, explicar aos/as estudantes que a melodia de uma canção é feita da combinação de notas e movimentos.
Em roda e de pé, iniciar uma atividade de sensibilização melódica utilizando a voz. Propor pequenas frases melódicas (sem letra) para que os/s estudantes repitam em seguida (segue exemplo em vídeo). Após um tempo de atividade, convidar alguns/algumas estudantes para irem ao centro e também criarem frases melódicas para os/as outros/as repetirem.
Ainda utilizando a voz, fazer movimentos aleatórios melódicos subindo, descendo, permanecendo no mesmo lugar (mesma nota), caminhando grau a grau como escala para que os/as estudantes repitam. Convidar os/as estudantes para irem ao centro da roda e fazerem o mesmo.
Reunir novamente os mesmos grupos que criaram a letra anteriormente e pedir que coloquem melodia na letra que já possuem. Estimular os/as estudantes a descobrirem qual a melodia que mais funciona para aquela letra. Permitir que utilizem os instrumentos em sala.
Momento 3:
Reunir os grupos novamente para pensar como será a apresentação da música, criando um arranjo para a mesma. Explicar aos/as estudantes que arranjo é a forma como a música é organizada e fazer algumas perguntas para estimular a criação: A música começa com algum instrumento ou com a voz? Tem alguma base rítmica? Todos/as cantam juntos/as? Se cantam, o fazem com ou sem acompanhamento?
Após o estabelecimento de todos os acordo, organizar a apresentação da música. Repetir algumas vezes até que todos/as se sintam seguros/as.
Realizar a gravação das músicas em áudio ou em vídeo utilizando dispositivo móvel. Se for necessário, os grupos podem sair da sala e utilizar os espaços pertencentes à escola que sejam mais adequados.
Ao final, reunir a turma para apreciar as gravações das canções inéditas criadas pelos/as estudantes. Pode-se também definir um dia para exibir para toda a escola.
Recursos Didáticos
Papel, lápis, teclado, aparelho de som, instrumentos musicais diversos e dispositivo móvel. Sugestão de aplicativos:
– DRUM PAD MACHINE – bases para músicas
– DRUM PADS 24 – Music Maker
– Audio MP3 Cutter Mix Converter and Rig Maker –
– Edjing Mix; Mixagem Para Djs
– Music Maker Jam- Editar toda a banda
– Aplicativos ou vídeo ao vivo- editado
Resultados Esperados
Reconhecer elementos musicais na elaboração de uma canção, letra, melodia e arranjo.
Proposta de avaliação
A avaliação dessa atividade processual considerando a conversa em Roda ao final das aulas e o elato escrito da resposta da turma em cada passo do processo.
Proposta de continuidade
Caso desejem, os vídeos podem passar por uma edição. Os grupos podem usar aplicativos de edição e fazer a edição em aula. Os/As estudantes podem realizar uma mostra ao vivo das músicas na escola.
Referências básicas
HENTSHKE, L.; DEL BEM, L (Orgs.). Ensino de música: propostas para pensar e agir em sala de aula. São Paulo: Moderna, 2003.
BRITO, T. A. Música na Educação Infantil: propostas para a formação integral da criança. São Paulo: Peirópolis, 2003.
CHIARELLI, L. K. M. A música como meio de desenvolver a inteligência e a integração do ser, Revista Recre@rte Nº3 Junho 2005: Instituto Catarinense de Pós-Graduação.