Experiência de desenvolvimento de projeto coletivo interdisciplinar de Dança e Fotografia tendo como ponto de partida a investigação de imagem e movimento do corpo no espaço escolar.

Objetivos

Investigar e ressignificar os espaços da escola a partir do próprio corpo;

Compreender experiências de criação artística como processos de ensino-aprendizagem.;

Investigar possibilidades de criação interdisciplinar entre linguagens artísticas;

Discutir sobre processos sociais e processos artísticos-educativos a partir da experiência individual e coletiva vivenciada.

7 a 9 aulas

Identificação / Dimensões do Conhecimento

Reconhecer e experimentar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas.

Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, softwares etc.) nos processos de criação artística

Expressar-se em situações de intercâmbio oral com clareza, preocupando-se em ser compreendido pelo interlocutor e usando a palavra com tom de voz audível, boa articulação e ritmo adequado.

Escutar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas de tratamento adequadas, de acordo com a situação e a posição do interlocutor.

Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz.

Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).

Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.

Elaborar e utilizar mapas simples para localizar elementos do local de vivência, considerando referenciais espaciais (frente e atrás, esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora) e tendo o corpo como referência.

Localizar, nomear e representar graficamente (por meio de desenhos) partes do corpo humano e explicar suas funções.

Discutir as razões pelas quais os hábitos de higiene do corpo (lavar as mãos antes de comer, escovar os dentes, limpar os olhos, o nariz e as orelhas etc.) são necessários para a manutenção da saúde.

Comparar características físicas entre os colegas, reconhecendo a diversidade e a importância da valorização, do acolhimento e do respeito às diferenças.

Sequência Didática

Apresentar a proposta em roda.

Ainda em roda, apresentar diversas fotografias de corpos em ambientes distintos utilizando referências da internet, revistas, catálogos de exposição e/ou imagens de acervo pessoal. Chamar a atenção dos/as estudantes em relação a imagem do corpo, destacando as partes do corpo que aparecem nas imagens, os enquadramentos e o ponto de vista de quem fez as imagens (de frente, de cima, debaixo etc). Destacar também os diferentes ambientes, identificando os espaços internos (tais como escola, casa, ônibus etc.) e espaços externos nas imagens (ruas, construções, fachadas, monumentos, praças etc).

Discutir as relações entre corpo e o ambiente presentes nas fotografias, sobretudo a escolha do “como” o corpo se coloca na imagem e do “lugar” que o corpo está ocupando.

Dividir a turma em duplas e propor aos/as estudantes uma saída pela escola, preferencialmente passando por espaços internos assim como espaços externos. É importante que todas as duplas disponham de dispositivo móvel para realizar a fotografia – caso não haja disponibilidade de equipamentos, o/a professor/a deverá organizar a turma para que um único dispositivo seja compartilhado por todos.

Cada estudante da dupla deve escolher um espaço e um modo não usual de ocupa-lo. O colega pode dar suporte fazendo a fotografia.  Em seguida, inverter os papéis.

De volta à sala de aula, compartilhar as fotografias elaboradas na tela do computador ou utilizando recurso de projeção.

Após o compartilhamento das imagens, estimular uma discussão sobre as escolhas dos espaços e das relações do corpo, de modo a refletir sobre cada imagem e sobre o corpo no espaço escolar. Questões relacionadas à composição, geografia, cuidado com o corpo e com o espaço podem ser enfatizadas, a depender do componente curricular.

Apresentar a proposta em roda.

A partir da discussão das fotografias elaboradas na aula anterior, indicar que cada estudante escolha, além da sua fotografia, outras duas que lhe chamaram atenção. Em seguida, cada estudante deverá estabelecer uma ordem entre as imagens, as quais serão identificadas pelas letras A, B e C.

Cada estudante poderá criar uma pequena sequência de movimento passando pelas posições dos corpos das fotografias A, B e C. Essa sequência de movimento deve ter uma duração de 30 segundos a 1 minuto.

Ao final da aula, pedir para os/as estudantes mostrarem a sequência individual em grupos de 04 a 05 pessoas e propor uma roda de conversa sobre a diversidade de corpos, o respeito às diferenças e escolhas individuais.

Apresentar a proposta em roda.

Criar junto aos/as estudantes um roteiro para deslocamento coletivo da turma pela escola com as apresentações das sequências da aula anterior. Ou seja, juntos/as todos/as irão escolher um percurso a ser percorrido no espaço escolar assim como a ordem das apresentações, de modo que os/as estudantes se alternem entre a ação de dançar e a ação de assistir a dança do/a colega. Por exemplo: O grupo começa o percurso no portão de entrada da escola com apresentação do estudante X. Ao final da apresentação, o/a estudante X retorna ao grupo, que em seguida se desloca para o ponto seguinte do roteiro onde o/a estudante Y se apresenta. E, assim por diante, até concluir o percurso de forma que todos/as os/as estudantes se apresentem e assistam uns/umas aos/as outros.

Esse roteiro pode ser criado coletivamente como um mapa, planta baixa, mostrando todo o percurso da apresentação em um papel metro no chão para que todos/as possam participar da elaboração, visualizando o percurso que está sendo construído.

Apresentar a proposta em roda.

Realizar um ensaio do percurso a partir do roteiro estabelecido no momento anterior, possibilitando que cada estudante faça as adaptações espaciais necessárias para realização de sua sequência individual

Após o ensaio, retornar a sala de aula para uma roda de conversa sobre os modos de ocupar o espaço da escola. Nesta conversa, além da relação com o espaço e dos desafios de adaptação das sequências individuais aos ambientes da escola o/a professor/a pode propor uma reflexão sobre a experiência de deslocar-se pela escola como corpo coletivo, compreendendo o andar coletivo como possibilidade de aflorar singularidades e diversidades de corpos, escolhas, danças e significados

Apresentar a proposta em roda.

Em roda, compartilhar as fotos dos/as estudantes impressas assim como o materiais da aula – barbante, pregadores e canetas coloridas

Sugerir então que os/as estudantes criem juntos/as um varal para exposição das fotografias e decidam onde ele deverá ser colocado. As canetas podem ser utilizadas para que cada estudante insira alguma palavra ou pequena frase na sua fotografia.

A turma irá realizar o processo de fixação do varal e das fotografias

Elaborar juntos/as, com papéis picados, convites feitos a mão para mostra artística constando nome da apresentação (o qual deve ser definido coletivamente), data, hora e local de saída do itinerário

Entregar os convites para comunidade interna (colegas de outras turmas, outros/as professores/as, vigias, merendeiras e demais funcionários/as da escola). Se for possível, convidar também a comunidade externa (familiares e amigos/as).

Ensaiar mais uma vez a apresentação e realizar as últimas definições necessárias

Receber os/as convidados/as para a Mostra

Realizar a apresentação do trabalho e apreciação das fotografias

Propor um bate-papo ao final dos/as estudantes com o público, que poderá abordar questões relacionadas ao processo de criação, ressignificação do espaço escolar e aprendizagens significativas a partir da experiência

Recursos Didáticos

 

Dispositivos móveis (telefone celular ou máquinas fotográficas), computador e/ou projetor (se houver), papel metro, papéis picados, canetas coloridas, impressora da Escola.

 

Resultados Esperados

 

Espera-se que os/as estudantes ressignifiquem sua relação com o espaço escolar e desenvolvam o sentimento de pertencimento em relação à escola.

Proposta de avaliação

 

Participação nas atividades e rodas de conversas.

Proposta de continuidade

 

É possível realizar esta mesma sequência didática com ênfase na linguagem audiovisual. Outra sugestão seria a construção de sequências de movimento em pequenos grupos (duos, trios e quartetos), e não individualmente.