Ementa

Possibilitar através da câmera fotográfica dos dispositivos móveis dos/as estudantes a experiência em registros de pontos da cidade de Niterói, observando como material de criação a influência existente na cidade de vestígios da cultura indígena como nomes de rua, monumentos, construções arquitetônicas.

 

Conteúdo online 
da experiência

 

Objetivos

 

Conhecer a técnica da fotografia, a partir de dispositivo móvel, com um olhar fotográfico artístico;

Compreender as possibilidades da criação artística de uma foto em espaço urbano;

Experienciar a cidade como potência para criação artística;

Analisar os conhecimentos prévios que os/as estudantes têm sobre os elementos fotográficos, do processo da fotografia;

Incentivar o/a estudante sobre a pesquisa da história da cidade a partir do conhecimento da influência da matriz indígena em seu território;

Incentivar o uso de dispositivos móveis como ferramenta de criação;

Pesquisar a utilização de aplicativos de dispositivos móveis como possibilidade de criação, tratamento de imagens.

 

Professora: Thiago Romero

 

4 a 6 aulas

 

 

 

Identificação / Dimensões do Conhecimento

 

Linguagens

Componente:

Arte / Artes Visuais e Patrimônio

Eixo 1: Contextos identitários, matrizes estéticas e culturais
Dimensões do conhecimento: criação, estesia e reflexão.
Habilidades de Arte:

Incentivar ao aluno a experiência de fotografia e vídeo em espaço público, utilizando aparelhos móveis, como forma de análise, pesquisa e criação artística tendo como tema a contribuição da cultura indígena na formação da cidade de Niterói.

Desenvolver processos de criação em artes visuais, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.

Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais.

Problematizar questões políticas, sociais, econômicas científicas, tecnológicas e culturais, por meio de exercícios, produções, intervenções e apresentações artísticas.

Desenvolver a autonomia, a crítica, a autoria e o trabalho coletivo e colaborativo nas artes.

Desenvolver a autonomia, a crítica e o trabalho coletivo e colaborativo nas artes.

 

Componente:

Língua Portuguesa

Habilidades de Língua Portuguesa:

CAMPO DAS PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA – Trata-se de ampliar e qualificar a participação dos jovens nas práticas relativas ao estudo e à pesquisa, por meio de: compreensão dos interesses, atividades e procedimentos que movem as esferas científicas, de divulgação científica e escolar; reconhecimento da importância do domínio dessas práticas para a compreensão do mundo físico e da realidade social, para o prosseguimento dos estudos e para formação para o trabalho; e desenvolvimento de habilidades e aprendizagens de procedimentos envolvidos na leitura/escuta e produção de textos pertencentes a gêneros relacionados ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica.

Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e informações de diferentes fontes, levando em conta seus contextos de produção e referências, identificando coincidências, complementaridades e contradições, de forma a poder identificar erros/imprecisões conceituais, compreender e posicionar-se criticamente sobre os conteúdos e informações em questão.

Articular o verbal com os esquemas, infográficos, imagens variadas etc. Na (re)construção dos sentidos dos textos de divulgação científica e retextualizar do discursivo para o esquemático – infográfico, esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. – e, ao contrário, transformar o conteúdo das tabelas, esquemas, infográficos, ilustrações etc. Em texto discursivo, como forma de ampliar as possibilidades de compreensão desses textos e analisar as características das multissemioses e dos gêneros em questão.

Planejar textos de divulgação científica, a partir da elaboração de esquema que considere as pesquisas feitas anteriormente, de notas e sínteses de leituras ou de registros de experimentos ou de estudo de campo, produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como artigo de divulgação científica, artigo de opinião, reportagem científica, verbete de enciclopédia, verbete de enciclopédia digital colaborativa, infográfico, relatório, relato de experimento científico, relato (multimidiático) de campo, tendo em vista seus contextos de produção, que podem envolver a disponibilização de informações e conhecimentos em circulação em um formato mais acessível para um público específico ou a divulgação de conhecimentos advindos de pesquisas bibliográficas, experimentos científicos e estudos de campo realizados.

 

Matemática

Componente:

Matemática

Habilidades de Matemática:

Reconhecer, nomear e comparar figuras geométricas espaciais (cubo, bloco retangular, pirâmide, cone, cilindro e esfera), relacionando-as com objetos do mundo físico. Figuras geométricas planas (círculo, quadrado, retângulo e triângulo): reconhecimento e características.

Reconhecer, comparar e nomear figuras planas (círculo, quadrado, retângulo e triângulo), por meio de características comuns, em desenhos apresentados em diferentes disposições ou em sólidos geométricos.

 

Ciências Humanas

Componente:

Geografia

Habilidades de Geografia:

Identificar e elaborar diferentes formas de representação (desenhos, mapas mentais, maquetes) para representar componentes da paisagem dos lugares de vivência.

Identificar e interpretar imagens bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de representação cartográfica.

Reconhecer e elaborar legendas com símbolos de diversos tipos de representações em diferentes escalas cartográficas.

Avaliar, por meio de exemplos extraídos dos meios de comunicação, ideias e estereótipos acerca das paisagens e da formação territorial do Brasil. Conexões e escalas Formação territorial do Brasil.

Analisar a influência dos fluxos econômicos e populacionais na formação socioeconômica e territorial do Brasil, compreendendo os conflitos e as tensões históricas e contemporâneas.

Selecionar argumentos que reconheçam as territorialidades dos povos indígenas originários, das comunidades remanescentes de quilombos, de povos das florestas e do cerrado, de ribeirinhos e caiçaras, entre outros grupos sociais do campo e da cidade, como direitos legais dessas comunidades. Características da população brasileira.

Analisar a distribuição territorial da população brasileira, considerando a diversidade étnico-cultural (indígena, africana, europeia e asiática), assim como aspectos de renda, sexo e idade nas regiões brasileiras. Mundo do trabalho Produção, circulação e consumo de mercadorias.

Relacionar fatos e situações representativas da história das famílias do Município em que se localiza a escola, considerando a diversidade e os fluxos migratórios da população mundial.

 

Componente:

História

Habilidades de História:

Discutir a noção da tutela dos grupos indígenas e a participação dos negros na sociedade brasileira do final do período colonial, identificando permanências na forma de preconceitos, estereótipos e violências sobre as populações indígenas e negras no Brasil e nas Américas.

Identificar as tensões e os significados dos discursos civilizatórios, avaliando seus impactos negativos para os povos indígenas originários e as populações negras nas Américas.

Identificar os processos de urbanização e modernização da sociedade brasileira e avaliar suas contradições e impactos na região em que vive.

 

 

Contextualização da experiência

 

 

Refletir sobre ambientes, zonas de passagem – os não-lugares -, o trânsito contínuo… Mais do que agregar sentidos novos a esses locais, vem reafirmar, questionar ou valorizar seu significado original. O que cada um deles quer nos dizer? O que todos eles são capazes de dizer sobre cada um de nós? O que dizemos nós, a todos eles?

Assim como de forma simultânea à história das cidades podemos falar de um legado dos povos originários do país (os indígenas) na cidade de Niterói. Uma errância na histórica cidade pretende questionar e tencionar os espaços desumanizados pelos diversos processos de gentrificação a que o sistema capitalista e excludente tem imposto aos centros urbanos como apontar um silenciamento de uma parte da história constituinte do país.

É possível pensar a proposta como um mapeamento de vivências afetivas sobre a cultura indígena que passa despercebida ao olhar cotidiano, acúmulos de experiências poéticas com fotografia que se dilatam através, não mais de representações, mas de apresentações do ser no mundo. O/A estudante se coloca mapeando o que diz respeito ao espaço público, o que lhe é exterior, que funciona como marcas de um espelho social e sua cultura, possibilitando-o através da mobilização de recursos tecnológicos como formas de registro e criação artística, buscando a reflexão e valorização do patrimônio artístico e cultural de sua cidade.

 

 

Sequência Didática

Momento 1:

Apresentar aos/as estudantes os objetivos da aula quais os critérios de avaliação e os procedimentos da aula.

 

Fale sobre a história da cidade de Niterói tendo como recorte a contribuição indígena no território, através dos Tupis e Tapuias e a marcante presença do Índio Araribóia na cidade.

 

Instigar os/as estudantes com perguntas, sobre a história da cidade, sobre os pontos onde podemos identificar a presença dessas histórias, seja por nomes de origem tupi, pelos monumentos de exaltação da figura do índio, pelas construções arquitetônicas, Mercados e ambientes naturais.

 

Falar sobre fotografia realizada pelo dispositivo móvel, a partir de a suas respostas haverá uma breve discussão sobre o conteúdo que vai se desenvolver. Trazer aos/as estudantes slides sobre os principais elementos e de como produzir uma boa imagem digital, apresentando ferramentas e uso de aplicativos de edição.

 

Criar um mapa em papel metro da cidade destacando pontos de interesse de registro para experiência fotográfica.

 

Momento 2:

Solicitar aos/as estudantes que fotografem algo dentro da sala de aula e utilizem algum aplicativo de edição, trabalhando aplicação de filtros, ajustes de imagens, cortes e ângulos.

 

Pedir que cada um mostre sua fotografia e fale sobre a experiência e escolha do que fotografou.

 

Momento 3:

Realizar uma saída com os/as estudantes para o desenvolvimento da experiência de registro das imagens artísticas com o dispositivo móvel nos pontos escolhidos no mapa.

 

Os/As estudantes deverão escolher pontos da cidade e fazer composições fotográficas que serão apresentadas publicamente na escola.

 

Pedir que os/as estudantes apresentem suas imagens e falem de seus conceitos e experiências pela cidade.

 

Preparar a exposição final, definindo em qual suporte as imagens serão expostas: projetadas ou impressas?

 

Momento 4:

Realizar a exposição fotográfica.

 

 

Recursos Didáticos

 

Papel metro, canetas coloridas, notebook, projetor, TV, pendrive, dispositivo móvel, slides, vídeos sobre fotografia, história da cidade de Niterói e cultura indígena.

 

Resultados Esperados

 

Espera-se que os/as estudantes vivenciem uma experiência de fotografia em espaços urbanos de forma articulada a uma reflexão crítica sobre aspectos culturais da cidade, resultando na produção de imagens que fortalecendo os diálogos com a arte e a cultura.

 

 

Proposta de avaliação

 

A avaliação será processual ao longo da aplicação do conteúdo, mas também sob alguns aspectos que serão apresentados para os/as estudantes: participação em discussões sobre o assunto da aula, participação na experiência no espaço urbano e interesse demonstrado nas atividades.

 

Proposta de continuidade

 

Com o conteúdo desenvolvido na atividade o/a professor/a pode propor uma exposição fotográfica com as imagens produzidas na proposta.

 

 

 

Referências básicas

BUENO, E. Brasil: uma história. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2003.

BUENO, E. Brasil: uma história. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2003.

NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013.

FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. 3ª edição. São Paulo. Global. 2005.

 

 

Vídeos Sugeridos

Sobre Araribóia Niterói:
https://www.youtube.com/watch?v=eBbkOH6Acp0

Sobre a história do índio Araribóia, fundador de Niterói – Repórter Rio:
https://www.youtube.com/watch?v=WIW7jPX8spo