Projeto cujo tema norteador é própria comunidade escolar e seus contextos identitários. A partir de diferentes linguagens, os/as estudantes construirão coletivamente um blog (ou alguma plataforma virtual similar) para expressar e partilhar informações, sentimentos e pertencimentos coletivos em torno da escola.

Objetivos

Mobilizar recursos tecnológicos como formas de registro, pesquisa e criação artística;

Impulsionar novas compreensões do espaço escolar;

Disseminar informações e produzir conhecimentos exercendo protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6 a 7 aulas

Identificação / Dimensões do Conhecimento

Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos de modo reflexivo, ético e responsável.

Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, temas, causas significativas para a escola e/ou comunidade, a partir de um levantamento de material sobre o tema ou evento, da definição do público-alvo, do texto ou peça a ser produzido – cartaz, banner, folheto, panfleto, anúncio impresso e para internet, spot, propaganda de rádio, TV etc. –, da ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será utilizada, do recorte e enfoque a ser dado, das estratégias de persuasão que serão utilizadas etc.

Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas (justificativa, objetivos, ações previstas etc.), levando em conta seu contexto de produção e as características dos gêneros em questão.

Planejar notícia impressa e para circulação em outras mídias (rádio ou TV/vídeo), tendo em vista as condições de produção, do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha do fato a ser noticiado (de relevância para a turma, escola ou comunidade), do levantamento de dados e informações sobre o fato – que pode envolver entrevistas com envolvidos ou com especialistas, consultas a fontes, análise de documentos, cobertura de eventos etc.–, do registro dessas informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a produzir ou a utilizar etc. e a previsão de uma estrutura hipertextual (no caso de publicação em sites ou blogs noticiosos).

Explorar e analisar espaços de reclamação de direitos e de envio de solicitações (tais como ouvidorias, SAC, canais ligados a órgãos públicos, plataformas do consumidor, plataformas de reclamação), bem como de textos pertencentes a gêneros que circulam nesses espaços, reclamação ou carta de reclamação, solicitação ou carta de solicitação, como forma de ampliar as possibilidades de produção desses textos em casos que remetam a reivindicações que envolvam a escola, a comunidade ou algum de seus membros como forma de se engajar na busca de solução de problemas pessoais, dos outros e coletivos.

Realizar levantamento de questões, problemas que requeiram a denúncia de desrespeito a direitos, reivindicações, reclamações, solicitações que contemplem a comunidade escolar ou algum de seus membros e examinar normas e legislações.

Planejar artigos de opinião, tendo em vista as condições de produção do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. –, a partir da escolha do tema ou questão a ser discutido(a), da relevância para a turma, escola ou comunidade, do levantamento de dados e informações sobre a questão, de argumentos relacionados a diferentes posicionamentos em jogo, da definição – o que pode envolver consultas a fontes diversas, entrevistas com especialistas, análise de textos, organização esquemática das informações e argumentos – dos (tipos de) argumentos e estratégias que pretende utilizar para convencer os leitores

Produzir, revisar e editar peças e campanhas publicitárias, envolvendo o uso articulado e complementar de diferentes peças publicitárias: cartaz, banner, indoor, folheto, panfleto, anúncio de jornal/revista, para internet, spot, propaganda de rádio, TV, a partir da escolha da questão/problema/causa significativa para a escola e/ou a comunidade escolar, da definição do público-alvo, das peças que serão produzidas, das estratégias de persuasão e convencimento que serão utilizadas.

Explorar e analisar instâncias e canais de participação disponíveis na escola (conselho de escola, outros colegiados, grêmio livre), na comunidade (associações, coletivos, movimentos, etc.), no município ou no país, incluindo formas de participação digital, como canais e plataformas de participação (como portal e-cidadania), serviços, portais e ferramentas de acompanhamentos do trabalho de políticos e de tramitação de leis, canais de educação política, bem como de propostas e proposições que circulam nesses canais, de forma a participar do debate de ideias e propostas na esfera social e a engajar-se com a busca de soluções para problemas ou questões que envolvam a vida da escola e da comunidade.

Realizar enquetes e pesquisas de opinião, de forma a levantar prioridades, problemas a resolver ou propostas que possam contribuir para melhoria da escola ou da comunidade, caracterizar demanda/necessidade, documentando-a de diferentes maneiras por meio de diferentes procedimentos, gêneros e mídias e, quando for o caso, selecionar informações e dados relevantes de fontes pertinentes diversas (sites, impressos, vídeos etc.), avaliando a qualidade e a utilidade dessas fontes, que possam servir de contextualização e fundamentação de propostas, de forma a justificar a proposição de propostas, projetos culturais e ações de intervenção.

Compreender e comparar as diferentes posições e interesses em jogo em uma discussão ou apresentação de propostas, avaliando a validade e força dos argumentos e as consequências do que está sendo proposto e, quando for o caso, formular e negociar propostas de diferentes naturezas relativas a interesses coletivos envolvendo a escola ou comunidade escolar.

Coletar informações do grupo, perguntando e respondendo sobre a família, os amigos, a escola e a comunidade.

Produzir textos escritos em língua inglesa (histórias em quadrinhos, cartazes, chats, blogues, agendas, fotolegendas, entre outros), sobre si mesmo, sua família, seus amigos, gostos, preferências e rotinas, sua comunidade e seu contexto escolar.

Propor ações coletivas para otimizar o uso de energia elétrica em sua escola e/ou comunidade, com base na seleção de equipamentos segundo critérios de sustentabilidade (consumo de energia e eficiência energética) e hábitos de consumo responsável.

Propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas ambientais da cidade ou da comunidade, com base na análise de ações de consumo consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas.

Sequência Didática

Criar previamente o blog ou plataforma digital, levar na primeira aula com uma senha que todos os/as estudantes possam acessar.

Em roda, apresentar os objetivos da sequência e discutir a ideia de inventário afetivo.

Conversar especialmente sobre as linguagens artísticas possíveis no ambiente virtual.

Distribuir uma folha de papel A4, disponibilizar lápis e canetas coloridas, e solicitar que os/as estudantes criem autorretratos.

Em seguida, pedir que eles fotografem o desenho e postem-no na plataforma acompanhado de um texto que expõe quem são e seus contextos identitários.

Estimular os/as estudantes a falarem de questões de gênero, território e raça.

Em roda, acompanhar a produção dos/das estudantes, analisando quais elementos usados em cada autorretrato, os traços, cores e escolhas.

Guardar os desenhos produzidos.

Em roda, incentivar que os/as estudantes no período de uma aula a outra façam sempre postagens referentes a memórias suas, de outros/as professores e de seus familiares em relação a esta comunidade escolar.

Sugerir pequenas entrevistas com áudio no gravador de celular e postagem na rede.

Neste momento, usar parte da aula para fazer um experimento testando possibilidades estéticas do áudio. Trabalhar com os/as estudantes a noção de instalação sonora.

Ocupar a sala de diferentes formas com áudios previamente gravados de professores da escola. Explorar diversos elementos, como usar caixas de som para criar microambientes no espaço, articulando objetos da sala, como carteiras, mesas, entre outros.

Convidar os/as estudantes a experimentarem a ideia de instalação, reorganizando objetos comuns presentes na escola de modos diferentes dos habituais. O áudio pode disparar também estados de presença, em que o corpo pode entrar em movimento, dançar, se agrupar, em diálogo com o que está escutando. Aqui, é importante deixar os/as estudantes livres para compor e improvisar com os elementos sonoros.

Em roda, conversar sobre a atividade, discutindo brevemente os elementos de produção de vídeo e especialmente do documentário.

Dividir a turma em grupos. A partir disso, pedir que os/as estudantes procurem outros atores da escola que não seja nem professores nem estudantes, como porteiros, merendeiras, serventes, etc.

Solicitar que os estudantes produzam vídeos com um celular com estes agentes da escola contando histórias sobre a escola e o percurso afetivo de cada um ali.

Socializar a experiência em roda e pedir que os estudantes postem os vídeos nas plataformas, incluindo uma pequena biografia de cada agente escolar e seus contextos identitários.

Em roda, apreciar coletivamente a plataforma digital e conversar de como está tomando o corpo o inventário afetivo da comunidade escola.

Conversar sobre os elementos da fotografia, suas possibilidades de manipulação (filtro, corte, enquadramento), além de sua potência de registro para este arquivo coletivo.

Apresentar alguns exemplos da ideia de arquivo na arte contemporânea.

Em seguida, dividir novamente a turma em grupos e solicitar dessa vez que os estudantes se fotografem em espaços dentro da escola e/ou no seu entorno.

Pedir que os/as estudantes escolham apenas 1 imagem-chave das que fizeram e postem na plataforma.

Solicitar que criem uma legenda poética que possa expressar o pertencimento dos/das estudantes a esses lugares.

Organizar, coletivamente, uma aula para socializar com toda comunidade escolar o inventário afetivo da turma.

Recursos Didáticos

 

Papel A4, lápis e canetas coloridas, celular, projetor, internet e computador.

 

Resultados Esperados

 

Espera-se criar um inventário multimídia, que envolva uma riqueza de linguagens artísticas, discuta seus elementos assim como contemple uma diversidade de vozes dentro da escola, com a exposição também de seus contextos identitários. Dessa forma, o produto final possibilitará o surgimento de novas visões sobre o espaço-tempo da escola e seus agentes.

Proposta de avaliação

 

Participação nas atividades e na produção dos materiais do inventário.

 

Proposta de continuidade

 

Este material pode figurar também em uma pequena publicação artesanal, feita a partir de xerox do material produzido. A plataforma pode abrigar ainda outros projetos na sequência, com outras perguntas depois do “Quem somos nós?”, como “O que fazemos?”, “O que queremos”, etc.